Ruínas de solidão
Tem dias em que é tamanha
a melancolia que faz de mim insignificante
pequeno grão jogado ao vento, sem chão
sem tempo, sem razão, só... E apenas pó
pairando num tormento que me sopra forte
Ao longe...
E num silencioso alento
ora me escondo
ora me esqueço
e me (re)construo
e me (re)conheço
E lentamente reúno-me àqueles grãos
que também são eu, que também me são
E novamente ergo-me feito em ruínas
de passado, de começo, de tijolos
Não mais que ruínas... de solidão