Ao progenitor
Não sei quem mais é
esse vagando pela casa.
Sem vida, sem corpo até,
Só a existência rasa.
Não sei mais quem é
que em silêncio se embala.
Sem alma nem fé,
um animal atrás da jaula.
Não sei mais quem é
que de todos se afasta.
A nós já não quer.
Só pensa, não fala.