Ingratidão

Quanta banalidade à contar

Quando eu era garoto em qualquer lugar

Vivia sempre sério, a vida seguia

Alguém logo via, achando graça

As paginas da vida estragado

Mas o menino cresceu e viveu

Em cantos escuros e obscuros

Sonhando com longos futuros

Que o presente não deu

A vida continuou sem caminho

Como um cometa surgindo

No espaço em um infinito

Que nunca ninguém alcançou

O tempo não deixa ninguém respirar

Respira-se o tempo que passa

E o garoto já adulto

Escuta os insultos sem responder

Seguindo seu mundo

Olhando pros lados achando

Que sério seria mais engraçado

Nunca recebeu um elogio

Um só parabéns

E aprendeu com os seus

A criticar tão bem

E o menino correto surgiu

Em sua varanda

Com os seus jeitos esquisito

Sem elogiar sequer o ar

Que acabou de respirar

Sem agradecer uma vez só

A comida que acabou de comer

luiz machado
Enviado por luiz machado em 18/11/2010
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