Tão distante...
Foi se o tempo em primavera sem flores,
Passamos e vamos, somos meros atores!
De vida fugaz contando os desatinos...
Tombamos ao léu feito velhos sinos!
Sem mais as tristes badaladas da noite,
Do vento quente, sentindo o frio açoite,
Em berço esplêndido, não mais dormimos,
Mas nos sete palmos de terra, sem mimos!
Tão distante ficou nosso sonho de amor...
Quanto mais vivemos, mais vemos a dor!
E ao som do mar à luz do céu profundo...
Temos uma visão bem diferente do mundo.
Gritamos à estrela querida, mas infinitamente
Distante: Leva-me! Fique aqui apenas a semente!