Forças Estranhas

Forças Estranhas

Sinto o peso do mundo sobre mim,

Antes quisera eu vomitar esta agonia.

Minha pele soando expelindo o que senti,

Minhas lágrimas caem por tudo o que eu sentira.

A escuridão segue-me para meu quarto,

A insônia me toma; transforma-me em escravo.

A madrugada silenciosa perturba meus sentidos,

Sinto o caos tão repentino que meche comigo.

Uma força estranha se movimenta em redor,

Há tempos eu não sinto essa força estranha.

Estou aflito e é terrível esta louca sensação,

Algo emerge no escuro para atentar meu coração.

Os poetas do amor estão em sono profundo,

Eu, o poeta do obscuro, sinto lentos calafrios.

O meu quarto já não é mais um lugar seguro,

Foi invadido pelas forças tenebrosas do escuro.

Estou lúcido o bastante para descrever o que sinto,

A vontade de gritar está algemando meu espírito.

Do outro lado as tantas vozes não param de sussurrar,

Eu já vejo o que não existe; tudo está fora do lugar!

E no meu quarto úmido não estou sentindo frio,

Do meu espelho eu tenho medo, ele é tão sombrio.

Sou apaixonado pela noite, mas seus mistérios me apavoram!

De olhos abertos, aqui espero a luz do dia raiar.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 27/10/2010
Código do texto: T2580729
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