Forças Estranhas
Forças Estranhas
Sinto o peso do mundo sobre mim,
Antes quisera eu vomitar esta agonia.
Minha pele soando expelindo o que senti,
Minhas lágrimas caem por tudo o que eu sentira.
A escuridão segue-me para meu quarto,
A insônia me toma; transforma-me em escravo.
A madrugada silenciosa perturba meus sentidos,
Sinto o caos tão repentino que meche comigo.
Uma força estranha se movimenta em redor,
Há tempos eu não sinto essa força estranha.
Estou aflito e é terrível esta louca sensação,
Algo emerge no escuro para atentar meu coração.
Os poetas do amor estão em sono profundo,
Eu, o poeta do obscuro, sinto lentos calafrios.
O meu quarto já não é mais um lugar seguro,
Foi invadido pelas forças tenebrosas do escuro.
Estou lúcido o bastante para descrever o que sinto,
A vontade de gritar está algemando meu espírito.
Do outro lado as tantas vozes não param de sussurrar,
Eu já vejo o que não existe; tudo está fora do lugar!
E no meu quarto úmido não estou sentindo frio,
Do meu espelho eu tenho medo, ele é tão sombrio.
Sou apaixonado pela noite, mas seus mistérios me apavoram!
De olhos abertos, aqui espero a luz do dia raiar.
Victor Cartier