Suspiros

Ao longe o futuro aceno anunciando o eterno adeus.

Olhando o horizonte incolor sinto-me mais perto de Deus.

Neste desespero sem choro, aproximo-me do que perdi.

Ela - Minha alma foi-se e nem percebi.

As esperanças perderam-se na mesmice de um olhar, de uma vida.

Assim como o refrão dos versos que fiz calaram-se sem emocionar minha querida.

Aqui no meu coração morri desorientada.

Nos atalhos que o destino me projetou procurei o que nunca foi encontrado.

Despedi-me sem ter achado o tal abstrato amor.

E na luta pelos sonhos percebi quando já estavam derrotados.

Que todos eram ilusões, meus olhos choraram frustrados.

Por que alguém não me avisou que os sonhos que sonhei eram demais?

Esperaram eu apostar minha alegria Meu amor, Minha Paz!

Agora encontro-me dessa forma.

Sem fantasias ou mesmo felicidade.

Assim em pranto, a fugir de quê? Talvez da enfermidade!

Assim, nesse tédio sem cura. Sempre e sempre a procura.

Morrendo enquanto vivo.

Lamentando o que não tive!

Léia Lanay
Enviado por Léia Lanay em 26/10/2010
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