Não te canses de mim ó chuva.
Quero andar na chuva,
Sentir as gotas caindo sobre mim,
Como toques sensuais...
Pisar na terra molhada,
Deixando rastros da minha sina...
Para encontrar-me num infindável horizonte.
Cheirar aquele frescor...
Agradável, feminino...
Que garanta a prosperidade.
Afagar meus desejos...
Libidinosos...
Árduos...
Só tú ó chuva,
Consegues fazer-me relembrar
A amada que de mim fugira...
Fugira para outros campos...
Campos desconhecidos...
Dignos de outro reinado.
Sinto em ti,
Os mesmos carinhos que em mim ela fazia...
Deleitosos, voluptuosos
Leve as dores do meu coração...
Solitário e depressivo.
Na corrente do rio que se forma com suas lágrimas
[ a espera da amada...
Não se preocupe...
A natureza tem cura a todos os males.
Logo depois, vem o sol...
Impávido e flamejante...
Evaporando as nossas lamúrias.
E, ao findar da tarde, ao longe, ver surgir o arco-íris.
Resplandecendo as suas sete exuberantes cores...
Como honrarias a mim.