Coração hibernado

O coração hibernado

Silente em fria manhã

Já não sonha o sonho alado

Abandonou-se no afã

De dormir desconsolado

Sem esperar amanhã...

Triste, mudo, quebrantado

Agoniza a vida vã

Sem amor e sem cuidado

Sem esperar amanhã

Que lhe traga riso e o fado

De felicidade irmã...

Tal um gatinho escaldado

A dormir sobre o divã

Ronronando amuado

Na febre louca e terçã

Dorme sem sonhar, lesado

Nas mãos de vil cortesã...

ANJA PERALTA
Enviado por ANJA PERALTA em 13/10/2010
Reeditado em 23/02/2011
Código do texto: T2554032
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