SOZINHA
No escuro de um quarto
escuro
Procurei você
Sua palavra, seu braço
um abraço
um alento
E no descontentamento
De ser só
Chorei.
Chorei o choro de criança
perdida, magoada,
procurando o pai
Paz.
E na pequenez
do quarto
Sem laços nem traços
A dor se fez maior.
É ávida, a vida.
Quando se cresce
na escuridão
O sonho desaparece
Aprende-se a ser só.