Solidão

A solidão entrou em mim, como um vírus mortal

Abateu-me como seu personagem principal

Todos os dias ela tece a minha desconstrução a minha desumanidade

Decomponho-me como ferrugem sob o aço, sem negociar a minha redenção

Na manhã opaca e lúcida do dia fumega um frágil sol circunscrito de isolação.

Pouco a pouco esqueço-me de quem sou, o silêncio me faz companhia, e a tentação

Não me leva a nada, não me seduz, não me conduz…

Se me fosse dado a escolher, eu voaria.

Eis tudo

Janaina Cruz
Enviado por Janaina Cruz em 09/10/2010
Código do texto: T2546526
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