Solidão.
E no peito ardia,
não me sentia quente,
e por dentro tão vazia,
e a dor que queimava de repente,
era a dor da solidão,
ardia tanto, pobre do meu coração,
e lá estava eu mais uma vez sozinha,
sem amor pra guardar,
a alma que repartirá haviam me roubado no final,
e o coração que eu entreguei voltara pro fundo do buraco do peito
(um coração moído e arrebentado)
eu já não sabia mais o que fazer,
eu tive tanto medo de sentir amor,
agora eu já não o sinto por ninguém,
não que eu não precise,
e sim por medo de me mandarem embora mais uma vez,
a maldita e cruel solidão de quem não têm nem sequer uma razão pra acreditar nas mentiras que o amor têm pra me contar.