Da janela, um olhar que foge
Eu, a única luz acesa, talvez
A testemunhar a noite vazia
Um grito no pensamento
Tão distante, ninguém ouve
Dormem todos, esquecidos
E eu a vagar em versos perdidos
Quando sei e sinto, pressinto
Estou sozinho...
Não há com quem dividir
Palavra ou silêncio
O riso ou o pranto
A lágrima derramada
Por quase nada, quase
A comoção do olhar
A devoção imensa
À solidão deste momento
Não divido, fica comigo
Toda noite a noite inteira
Como a poesia acesa
Na escuridão do silêncio


(Poesia On Line, em 03/10/2010)
Marcos Lizardo
Enviado por Marcos Lizardo em 03/10/2010
Reeditado em 01/08/2021
Código do texto: T2535247
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