Sem amor
Eu sem amor
não sou dono de mim
não evoco imagens
lembranças...
elas surgem espontâneas,
despóticas, compulsórias...
não se pode manda-las embora,
pois a vontade, sem força
não governa mais
minhas faculdades.
A poesia, antes fonte
de indizíveis (e infinitos) prazeres,
torna-se arena de
incontáveis suplícios
terreno movediço
Acolho crenças diversas
busco antídotos,
velhas novas filosofias.