Poesia do tempo próprio
E todas as árias feitas de amor
Todas as composições
Feitas nos embalos das nossas emoções
E todo o nosso valor?
Onde está tudo, cadê
Por que tudo se fragmentou
Milongas ditas por você
Estação que se acabou
Prováveis devem ter sido delírios meus
Em momentos de euforias
Não deixes o vento levar tudo que é seu
Suas asas negras estão aplacando as alegrias
Só mais um pouco
Talvez por toda a vida
Canta-me mais um sono
Adia essa partida.