'- quem bate?'

n'algum ladrilho mais curto, naquele exato que não caberá meu passo

de vão em vão, entre dois ou três, prospero

num deboche meio amargo que voa para longe da lucidez

e entre estas lágrimas que vão gotejando pelo caminho.

as mãos,

os pés e tudo, então

tocando e apalpando a escuridão

dentro e fora d'alma

ao lado e diante daquilo mesmo que não sou.

não chegarei a ser...

coisa pequena!

questão de segundos para pisar fora ou dentro e perco a linha.

a linha é meu esboço para o mundo

pois nela eu moro, inconstante, e nunca piso

se piso, morro!

um, dois, três pulinhos e Santa Dinfna segura.

Hora de ir

no silêncio, enquanto ele habita ao redor

e, mesmo indo, não piso.

depois dos números ímpares, a claridade

e mato, mato o tempo e o que há nele.

nunca me satisfaço

e se, vez ou outra, o chão inclinar-se,

vou descalça, dedos presos com gosto.

que declínio!

espantosamente entediante.

envia-me, Deus, cura imediata ou valha-me!

Anna Beatriz Figueiredo
Enviado por Anna Beatriz Figueiredo em 26/09/2010
Código do texto: T2521450
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