Eu era aquela Estrela...
Eu era aquela estrela
Que você jamais olhava
E na confusão da negritude do céu
Pensava que eu era ela...
Aquela outra...
Mais uma perdida
Sem identidade
E sonhos...
Via-me na pluralidade
Onde todos gozam do mesmo chão
E que um único suspiro
Não se faz ouvir
Nesta multidão
De estrelas...
Que vem e vão
E nascem
E morrem
Brilham então...
Mas eu era aquela estrela
Que queria ser vista
Sim
Como todas as outras
Mas com o brilho próprio
Que iluminava tuas noites
De solidão...
E teus olhos me olhavam
Só como uma estrela...
Mais uma
Sem coração...