Anda sobre minhas ancas, joaninha solitária
lenta, como tenta a vida vestida de branco
Tarde vai com preguiça desta cena. Dorme!
Atiça agostos que despertam para primaveras
Ficamos nós; e você tão pequenina de asas
insiste subir peles curvas que te causam ais
Mais e mais anoitece onde acastanho-me dor.
E a ti só interessa voar de amor aos cabelos
Nem meus apelos prá desistir, te embaraçam
E alçam o bruto susto do teu afeto em mim.
Anda agora Joaninha, arredores fios loiros...
O que sabes me dizer desta tua liberdade?
Acaso ouves idade dos amarelos pensamentos
entre o que tempo desmoronou das vaidades?
Passeias em mim como se a ti pertencesse...
e pele da noite nos cobre das não respostas
Aqui expostas, nossa solidão já não se acanha
Apanha cócegas nas costas das tuas bolinhas
Ah, quanto riso amiga Joaninha!