Anda sobre minhas ancas, joaninha solitária
lenta, como tenta a vida vestida de branco

Tarde vai com preguiça desta cena. Dorme!
Atiça agostos que despertam para primaveras

Ficamos nós; e você tão pequenina de asas
insiste subir peles curvas que te causam ais

Mais e mais anoitece onde acastanho-me dor.
E a ti só interessa voar de amor aos cabelos

Nem meus apelos prá desistir, te embaraçam
E alçam o bruto susto do teu afeto em mim.

Anda agora Joaninha, arredores fios loiros...
O que sabes me dizer desta tua liberdade?

Acaso ouves idade dos amarelos pensamentos
entre o que tempo desmoronou das vaidades?

Passeias em mim como se a ti pertencesse...
e pele da noite nos cobre das não respostas

Aqui expostas, nossa solidão já não se acanha
Apanha cócegas nas costas das tuas bolinhas
Ah, quanto riso amiga Joaninha!










Mirea
Enviado por Mirea em 21/09/2010
Reeditado em 21/09/2010
Código do texto: T2511703