Enganos e Desenganos

Anoiteço amanhecendo a cada a dia

Como se ja não houvesse mais esperanças

O Sol brilha, mas não ilumina o caminho para que eu possa trilhar

Sinto que espinhos perfuram meus pés

Eles sangram insistentemente

A dor é latente que o doente sente inveja

Anestesiado, quase sem rumo

Vou seguindo, fingindo que tudo esta bem

Risos forçados, entre uma palavra e outra

Deitado, inerte com meus pensamentos

Que se acumulam em cada canto do meu ser

Não sei quem sou, apenas tenho minhas palavras

Que justificam a minha existencia dia a dia

Elas não fazem curvas e nem voltam atras

São como flechas lançadas ao vento

Que caminham em direção certeira

E não se arrependem de quem conseguem atingir

São prantos e lamentos

E a cada alvorada me desfaço em gotas de orvalho

Vaiando a noite

Difamando madrugadas inteiras

E na neblina que embaça a visão

Escorro pelos espelhos vaporizados

Tirando o reflexo de todas as noites

Que chorei calado, escondendo o rosto

Em outros travesseiros

Não indentificando a pessoa ao lado

Que sorria, achando que eu estava amando

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 18/09/2010
Reeditado em 18/09/2010
Código do texto: T2505062
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