Enganos e Desenganos
Anoiteço amanhecendo a cada a dia
Como se ja não houvesse mais esperanças
O Sol brilha, mas não ilumina o caminho para que eu possa trilhar
Sinto que espinhos perfuram meus pés
Eles sangram insistentemente
A dor é latente que o doente sente inveja
Anestesiado, quase sem rumo
Vou seguindo, fingindo que tudo esta bem
Risos forçados, entre uma palavra e outra
Deitado, inerte com meus pensamentos
Que se acumulam em cada canto do meu ser
Não sei quem sou, apenas tenho minhas palavras
Que justificam a minha existencia dia a dia
Elas não fazem curvas e nem voltam atras
São como flechas lançadas ao vento
Que caminham em direção certeira
E não se arrependem de quem conseguem atingir
São prantos e lamentos
E a cada alvorada me desfaço em gotas de orvalho
Vaiando a noite
Difamando madrugadas inteiras
E na neblina que embaça a visão
Escorro pelos espelhos vaporizados
Tirando o reflexo de todas as noites
Que chorei calado, escondendo o rosto
Em outros travesseiros
Não indentificando a pessoa ao lado
Que sorria, achando que eu estava amando