O lugar que não existe.

Que lugar tenho eu nesse mundo, se para onde vou, me sinto um invasor, um intruso?

O que fiz eu para não ter direito a um ninho, a um lar?

Por Deus, onde minha alma obscurecida pela dor foi morar?

Quando foi que partistes, alma minha?

Deixastes um coração e um corpo moribundo, vagando por ruas e estradas sem ter direção, sem ter um rumo.

Pois, eis que a onde vou, a solidão ali está.

Não existe um lugar para mim, pois na luz eu só enxergo trevas.

E nas trevas jamais haverá luz.

Caminho a passos lentos.

E mesmo quando corro, minha alma caminha lentamente: essa alma moribunda, não é capaz de se ver nesse mundo.

Meu coração clama por um lugar, um lar, mas esse lugar não existe e talvez nunca venha a exisitir.

E por mais que caminhe, por mais que lute, é tudo inútil: pois que minha alma jamais encontrará aqui um lar.

Minha alma pertence a um mundo distante: o país dos poetas tristes, melancólicos e irritantentemente sonhadores.

Marcos Welber
Enviado por Marcos Welber em 16/09/2010
Código do texto: T2502058
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