Até Chegar o Fim
Pássaros voando em retrocesso
Galhos secos nas arvores mortas
O dia e a noite se contrastam
Num duelo intestino,
O calor é o mesmo
A chuva que cai é acida
Molhando o solo árido
Os olhos vêem, mas não enxergam
Ou simplesmente não querem admitir
O que vê
O coração bate fraco
O sangue corre lento
O corpo já não responde
O passo amiúde não tem direção
E mesmo assim o pulso
Até chegar o fim
PULSA, Pulsa, pulsa, pulsa...