Never more.

O cinza que enxergo

Não provem da cor do céu

Nem da parede do quarto, real

É fruto do quarto em que me encontro presa

É fruto da minha imaginação.

''Ir embora pra bem longe''

Só, somente, escutei

E para mim, tomei

A dor de outrem, de outrora

Se tornou minha, a dor de agora

E tudo se misturou de tal forma

Que nem sei mais o que ou quem sou,

agora.

E na busca pelo real

A única angústia presente

É a de aterrisar, nesse mundo de loucos poucos

E nunca mais poder voar

Como aquele velho pássaro, de asas cortadas.

Eduarda Daibert
Enviado por Eduarda Daibert em 10/09/2010
Código do texto: T2489417
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