Plano mestre.
O caminho da forca
Parece não ter mais fim
E essa vontade louca
Que já não beneficia a mim
Procurando forças
Na garrafa meio vazia de gim
E a essa altura
Até meus demônios fogem de mim
Minhas pernas
Não aguentam mais correr
E eu já não tenho idéia
Do que posso merecer
Madrugadas a fio
Vendo o mundo adormecer
Pensando em tudo,
Meio que sem entender
Atormentado pela agonia
De não saber que caminho escolher
Apesar da sua beleza,
O Sol não pediu pra nascer.
Outra mentira pra inventar
Algum outro verbo pra conjugar
Seguindo meu caminho
Até achar meu lar
Implorando por carinho
Ou alguém em quem pensar
É como se o céu não existisse,
O chão ao meio partisse
E a alegria não transmitisse
Outra dimensão
Ou algum outro plano
Onde eu pudesse
Me encontrar por engano
Até que a vida venha e me adestre
Eu continuo sem um plano mestre.