Medo!

Sombreado de desejos

Me entrego a lamúrias intermináveis

Que assolam o universo de minha alma...

Meus pensamentos se confundem em emaranhados aranhásseis invisíveis...

Tortuosos...imaginários!

Os caminhos a cada passo se estreitam

Como estreita a luz no horizonte

E o véu da noite se rompe,

Como rompe a criatura de seu criador

Sem medo

Com medo

Sem pudor

Buscando apenas encontrar o que antes se perdera

Sem nunca haver procurado.

Ventos uivantes ao redor

Sementes viajando em bicos de pássaros alados

cansados de voar

Sem um canto certo para pousar

Sementes que morrerão

sem nunca germinar

Como o sol no fim do dia

Como a lâmpada que se apaga

Como o fim...

Como a morte...

Como o sopro da vida

George DAlmeida
Enviado por George DAlmeida em 05/09/2010
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