Apesar de tudo
Apesar da insônia eu contei estrelas
E notei coisas que não havia notado antes.
Apesar da solidão de não ter com quem contar
Eu consegui ouvir os meus pensamentos
Minha mente não virou um calabouço, nem meu castigo.
Apesar da revolta, eu fiquei em paz
Não derramei nenhuma lágrima, não proferi palavras que ferisse ninguém.
Apesar da minha ignorância eu entendo você,
Entendo suas escolhas insanas e irônicas, e todas as vezes que poderia
Ajudar-me e renegas.
Apesar da injustiça, ainda consigo te amar,
Só não sei até quando…
(Tolo menino, desce dessa nuvem de algodão
Logo chega a ventania e te empurra para o chão)