Sou nada mais que solidão
Sou a agonia transcendental, misturada a sensação eufórica do medo turbulento de um ser atormentado pela solidão angustiante de uma aflição vivida de um amor acabado.
Sou a dor atordoante de um coração palpitante sem direção e razão de viver, sem sabe onde parar, sem querer palpitar um segundo mais, sem saber o quando ainda dói por doer tanto o seu viver.
Sou sem querer a fadiga concentrada na visão alucinada de um ser na escuridão, sem saber a direção e onde vai chegar sem saber o que existe e onde vai pisar.
Sou o segredo de um quarto escuro, sou um muro atropelado pelo vento, sou uma tortuosa melancolia a vagar nas noites frias procurando corações que se entregam a paixões platônicas.
Sou os pensamentos tortuosos, abrigando lágrimas e tristezas que se derramam quando o sol do amor se esconde, quando a emoção de viver não tem mais sentido, pela perda do bem querer.
Sou ainda essa estrada, triste e vazia, sou aquela rua de pedras por onde passei um dia e onde ficou minha companhia.
Sou essa tristeza de saber que não sou nada mais que solidão, sou esse vazio profundo que invade sem saber o espaço, sou esse mundo louco que faz o coração em pedaços.