Estou só...



Trovoadas sem relâmpagos amedrontam a noite...
Torturas que parecem intermináveis rasgam-me o avesso...
Me sinto só e totalmente desprotegida
Nas garras do monstro raptor da paz e da felicidade...

A presença de um amor mesmo distante,
Vestia-me o corpo e a alma com uma armadura de luz...
Mas ele também me abandonou, e hoje nada mais tenho
A não ser mais uma dor pelo latejar da saudade...

Cansada, já não encontro mais coragem p'ra prosseguir
A esperança se foi junto com o amor que perdi...
Não me desespero mais, estou sem forças para remar
Em águas turvas, sigo no velho barco a rodopiar...

Outra noite está a se aproximar, e com ela a desventura
É quando a tristeza e a solidão mais me torturam,
Pois sinto-me desamparada nas garras do monstro noturno
E nem minha alma consegue mais se libertar dessa criatura...



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