Solidão: Deusa Maldita.
Quem é essa Deusa maldita que vem todo dia e toda noite buscar minha alma?
Quem é essa safada que quer de todas as maneiras levar minha alma para as profundezas da escuridão?
Quem é essa puta debochada que me suga o corpo e as energias me tirando o ânimo, a alegria e a vontade de viver?
Que bandida é essa que me usa, me devora e leva meus sonhos e minhas ilusões embora?
Que raios de vaca é essa, que grita a todo momento palavras negativas, triste e doloridas de ouvir?
Quem é essa que me persegue noite e dia, me deixando no desalento e na mais profunda depressão?
Pois, que essa coisa que me persegue, chama-se solidão.
Solidão que nada mais é do que um grande mal.
Um mal que me ataca o coração.
Um mal que me deixa no chão, largado, jogado a própria sorte; como se fosse um bicho, um animal ou um objeto jogado num canto qualquer de uma pocilga qualquer.
Meu Deus, quanta dor me traz essa deusa maldita chamada solidão.
Como eu queria tirá-la da minha vida, dos meus dias, do meu mundo.
Mas, quanto mais luto, mais preso fico em suas teias e em suas correntes.
Pois, que meu mundo só é escuridão.
Estou afogado num tremendo apagão provocado por essa puta chamada solidão.
Meu Deus, que faço para me livrar dessa vaca?
Pois, que vejo minhas forças se acabando e minha vida se apagando.
Deus, o que será de mim? O que faço eu para sair das garras dessa deusa maldita?
Pois, que quanto mais eu corro, mais essa vagabunda me pega, me usa, abusa e depois joga fora.
E eu me sinto como se fosse um bicho, um animal ou um objeto jogado num canto qualquer de uma pocilga qualquer.
Já não sinto mais nada e nem vejo nada.
Meus pés estão mergulhados em areia movediça.
Essa areia chama-se solidão.
E eu sou filho dessa vaca imunda.
Sou sangue, lágrimas e dor.
Uma dor que não cabe neste texto e nem mesmo em meu coração.
Sou um jovem ancião, esperando que a deusa maldita me leve de vez para o paraíso chamado fim.