AMOR PERDIDO OU UTOPIA DA VIDA
Me sinto só e desamparado, andar por
Um campo arado, parece ser meu destino.
Campo estéril,onde não nascerá nada,
Passará por sua existência e só verá
Acumular a poeira, que será levada pelo vento.
Desatina em meu corpo enorme dor, profunda,
Me dói os ossos. Pois em minha vida,
Em uma eterna despedida, se vai o amor.
Deixando para mim somente lágrimas,
Um eterno rio salgado, uma triste lida e um existir sedento.
Desistências da vida, ao andar em terras estranhas,
Observando tristes soldados, de semblantes fundos,
Marcados pela dor. Me parecem companheiros, pois
Em seus semblantes frios, percebo a ausência do amor.
Caminho pelo campo seco, arado de poeira, multiplicando
A minha tristeza, aumentando a minha dor e moendo os
Meus ossos até aumentar as minhas lágrimas, misturando-se à poeira
Transformando-a em lama e fazendo o meu vagar mais difícil.
Porque não encontrei o carinho, não tive o seu amor e por
Isso a minha vida se tornou um contínuo sacrifício.
Mércio