Perdido na Escuridão
A escuridão,
Forte e sanguinária,
Sucumbe à luz de seus olhos,
Frios e misteriosos,
E, tão pouco, me leva à vida
E, tão pouco, me leva a morte.
Ah! A escuridão...
Fria e egoísta,
Envolve-me num abraço
Àquele que me negaram,
Justo quando precisava!
Tão logo, a escuridão,
Acolhedora e amiga,
Faz-me descansar,
Faz-me matutar,
Pensar no quanto é desprezível,
E sempre será,
O calor de seu corpo,
De seus braços, de seu beijo,
Daquela carícia que me fazia arrepiar...
Tão forte, a escuridão,
Me mostra que sou vulnerável.
Me mostra que há recaídas.
E que me trazem à luz,
Àquela que existia em seus olhos,
E que faziam tão bem,
E que me fez tão mal!
Daquela escuridão,
Só lembro o vazio.
O quão solitário me deixou,
E ainda deixa,
Sem a presença daquele “quente”,
“fogo”, “ardente”,
Calor humano!
E que me deixa tão...
Down...
Down...
Down...
Down...!!