Despétala
Tua nudez submetida ao despetalar das rosas
Inflamam , indagam
Semelhanças ponderadas no limite do fim
Me divido entre dois sentimentos
O Amor que nunca tive
E a dor que me consome
Minha hora é morte
Sonho um pesadelo Absurdo
E mudo declaro minha sentença
Rodeado de venturas
Me levo em vento a minha tempestade
Gotas d´agua me caem sob o corpo
Fria e descontrolada minha alma geme
Contrariando segredos
Reencontrando formas de se viver
Vivo a minha morte
Debruçado sobre o poeta
Escrevo as partituras de minha nova morada
Mármore lapidado... Tudo pronto
A ferro e fogo
Cravo minha marca
Ardendo em brasa
Na pele perdura
E de um perdão que renunciaste agora
Declamo outras vezes
O Amor que agora me deixa inerte
Inflama a dor que já outras horas
Insiste...