Despétala

Tua nudez submetida ao despetalar das rosas

Inflamam , indagam

Semelhanças ponderadas no limite do fim

Me divido entre dois sentimentos

O Amor que nunca tive

E a dor que me consome

Minha hora é morte

Sonho um pesadelo Absurdo

E mudo declaro minha sentença

Rodeado de venturas

Me levo em vento a minha tempestade

Gotas d´agua me caem sob o corpo

Fria e descontrolada minha alma geme

Contrariando segredos

Reencontrando formas de se viver

Vivo a minha morte

Debruçado sobre o poeta

Escrevo as partituras de minha nova morada

Mármore lapidado... Tudo pronto

A ferro e fogo

Cravo minha marca

Ardendo em brasa

Na pele perdura

E de um perdão que renunciaste agora

Declamo outras vezes

O Amor que agora me deixa inerte

Inflama a dor que já outras horas

Insiste...

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 13/08/2010
Reeditado em 15/02/2015
Código do texto: T2434940
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