SÓ
Na minha infância,
Eu não fui como as outras foram,
Eu não via o que elas viam,
Eu não podia trazer minha paixão de uma fonte comum.
Da mesma fonte não tomei minha tristeza,
Eu não poderia despertar,
Meu coração era alegre e sempre no mesmo tom,
E tudo o que eu amei, amei sozinho.
Então, na minha infância,
na madrugada mais tormentosa da minha vida,
foi tirada cada profundidade do bem e do mal,
Dos mistérios que ainda me cercam,
Da torrente ou da fonte,
Do penhasco da montanha vermelha,
Do sol que clareia meu dia com o seu tom de outono de ouro,
Do relâmpago no céu,
Que passou imperceptível voando sobre mim,
Pelo trovão e pela tempestade,
A nuvem tomou uma forma quase tátil,
Quando todos os meus medos se forem,
Quando todo esse breu da lúgubre madrugada cessar,
E quando pensar que o resto do céu ainda continuará azul,
Quando pensar que o resto do céu ainda continuar azul
Um anjo me protege, e um demônio me vigia!
Tradução e adaptação da poesia "Alone" de Edgar Allan Poe