Sozinho II
O vento reprime os galhos secos
das árvores em que descansa o
canto de mau agouro das
corujas, que olham o pobre
homem passar.
Ainda de trajes negros
ar e olhar sombrio.
O frio que lhe consome
é o mesmo que lhe cega, ao
não querer enxergar.
Da aurora o breu,
de suas lagrimas,da paixão,
de um amor a não voltar.
De uma espera sem fim,
a se refugar
no mar das almas mortas
a se repousar.
De um passado profundo
a se libertar.
O homem ainda chora
de amparo apenas a lua,
que incansavelmente clareia
seus passos a calejar.
Da procura sem rumo,
Do dilúvio profundo
a se afogar.
Na escuridão eminente
na longitude de passos
com o tempo a apagar.
Na escuridão, entre
o frio,na espera de
seu amor,sem saber
se vai voltar.