Sozinho II

O vento reprime os galhos secos

das árvores em que descansa o

canto de mau agouro das

corujas, que olham o pobre

homem passar.

Ainda de trajes negros

ar e olhar sombrio.

O frio que lhe consome

é o mesmo que lhe cega, ao

não querer enxergar.

Da aurora o breu,

de suas lagrimas,da paixão,

de um amor a não voltar.

De uma espera sem fim,

a se refugar

no mar das almas mortas

a se repousar.

De um passado profundo

a se libertar.

O homem ainda chora

de amparo apenas a lua,

que incansavelmente clareia

seus passos a calejar.

Da procura sem rumo,

Do dilúvio profundo

a se afogar.

Na escuridão eminente

na longitude de passos

com o tempo a apagar.

Na escuridão, entre

o frio,na espera de

seu amor,sem saber

se vai voltar.

Rainer Alex
Enviado por Rainer Alex em 03/08/2010
Reeditado em 09/02/2024
Código do texto: T2416383
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