VÃ ESPERANÇA

Sozinha na penunbra

A lua que entra furtiva

Me traz lembranças já idas

Sua imagem esvaindo-se

Na fumaça do tempo

O gosto de sua boca perdeu-se

Na vã esperança do retorno

Minha poesia já não tem rima

Nem meus versos qualquer sentido

Tudo se perdeu no vazio

Quando busquei seus braços

E só encontrei o vácuo

A cama vazia

Espasmos de saudades

Meu corpo denuncia

Seus olhos já não brilham

Na minha escuridão

Sua face perdeu-se

No meio de telas e sons

Que só existem na minha lembrança

Vitória/ES -Em 30/07/2010 -

Helena Serena
Enviado por Helena Serena em 31/07/2010
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