Caminho

Labirintos virtuosos se estendem nessas galerias

Subdividem-se em ruelas

E vão correndo a lugar nenhum

Encruzilhando-se nas avenidas

Dispersando-se os caminhos

Levando ao ponto de partida

Brindando-se a uma despedida.

Alamedas que se desenham

Convidando a pisá-las

Caminhante, estranho destino,

Não aponta o fim do caminho

O que se há de ser, repentino.

Esquinas cinzentas, meio-fio desenhado,

Acostamento calado

Placas mudas, vazias.

Passos apressados, praças frias,

Rotina, melancolia.

Destino? Caminho?

Mais um dia passeando

Nesses caminhos humanos

De sonhos mundanos

De incertezas constantes

De inseguranças acenando

Somente um dia a mais

E amanhã... tanto faz.

Le Delirious
Enviado por Le Delirious em 29/07/2010
Código do texto: T2407348
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