Caminho
Labirintos virtuosos se estendem nessas galerias
Subdividem-se em ruelas
E vão correndo a lugar nenhum
Encruzilhando-se nas avenidas
Dispersando-se os caminhos
Levando ao ponto de partida
Brindando-se a uma despedida.
Alamedas que se desenham
Convidando a pisá-las
Caminhante, estranho destino,
Não aponta o fim do caminho
O que se há de ser, repentino.
Esquinas cinzentas, meio-fio desenhado,
Acostamento calado
Placas mudas, vazias.
Passos apressados, praças frias,
Rotina, melancolia.
Destino? Caminho?
Mais um dia passeando
Nesses caminhos humanos
De sonhos mundanos
De incertezas constantes
De inseguranças acenando
Somente um dia a mais
E amanhã... tanto faz.