Há um Deus

Há um Deus, um anjo, uma luz

Que clama sede de justiças e bondades esquecidas.

Há um demônio forte

Vociferando blasfêmias e ódio

Vomitando frases incomunicáveis e abominadoras.

E entre eles, forças antagônicas e divinais existo.

Sobrevivo em meio ao caos, como fruto deste amor e desta ira,

E sigo sangrando, veias arrancadas

Feridas expostas, incurável dor da alma.

Vivo assim, ao meio

Dividido, dilacerado

Dor que não se cura, chaga sem final;

Antes

Um ser único, terminal,

O anti-cristo de uma era sem inicio, meio ou fim

Apenas um ser, marginal.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 28/07/2010
Código do texto: T2403631
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