Reticências
Suas luminárias refletem
No oráculo dos incrédulos
Tão logo lhe remete
Aos teus neurônios excêntricos
Teu mundinho deformado
Em alegorias escondido
Cor-de-rosa desbotado
Pelo escuro do infinito
Seus pesadelos pesam
Seus joelhos ainda doem
Pelas preces que apertam
Tua liberdade se opõe...
E foi quando a lua ficou cheia
Iluminando a fria areia
Fervi o sangue das suas veias
Entre a liberdade e as teias...
Quinze dias depois a metamorfose fascinante
De não pensar nada do que se pensava antes
Atirou-me no abismo das tuas pupilas
Desaparecendo pra sempre em nossas vidas
Segundos eternos de solidão
Na sala, que imagino do porão
É tudo pequeno quando o amor vira adeus
Como grande é tudo quando se fala em Deus
Busco te encontrar na multidão
Acreditar num sim quando sei que não
E da sua bolsa de tendências
Caem em nosso futuro reticências...