Reticências

Suas luminárias refletem

No oráculo dos incrédulos

Tão logo lhe remete

Aos teus neurônios excêntricos

Teu mundinho deformado

Em alegorias escondido

Cor-de-rosa desbotado

Pelo escuro do infinito

Seus pesadelos pesam

Seus joelhos ainda doem

Pelas preces que apertam

Tua liberdade se opõe...

E foi quando a lua ficou cheia

Iluminando a fria areia

Fervi o sangue das suas veias

Entre a liberdade e as teias...

Quinze dias depois a metamorfose fascinante

De não pensar nada do que se pensava antes

Atirou-me no abismo das tuas pupilas

Desaparecendo pra sempre em nossas vidas

Segundos eternos de solidão

Na sala, que imagino do porão

É tudo pequeno quando o amor vira adeus

Como grande é tudo quando se fala em Deus

Busco te encontrar na multidão

Acreditar num sim quando sei que não

E da sua bolsa de tendências

Caem em nosso futuro reticências...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 27/07/2010
Código do texto: T2403473
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