Último amigo
Numa rua da cidade
O frio se fazia sentir
Vi deitado na calçada
Um bêbado a dormir
Trazia as roupas rasgadas
Sapato maior que o pé
Casaco solto nos ombros
Por travesseiro, escombros
Jazia este homem sem fé
Cuja família, por certo
Tentando do vicio afastá-lo
Com certeza foi em vão.
Junto a esse miserável
Que tudo na vida perdeu
Restou-lhe apenas um magro
Assustado e triste cão!