O silêncio
Cinge-me o corpo, etéreo manto
O reflexo abstrato do vazio,
O calar das notas vibrantes
Quais compunham o estrugido.
Que outrora se ouvia em montes,
Ecoando por campos verdejantes,
Dando alento e abrigo aos sonhos.
Resta agora apenas o calar,
Dum copo vazio em minha frente,
Uma porta que se acha destrancada
E a certeza que ninguém vai entrar.
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2010.