O silêncio

Cinge-me o corpo, etéreo manto

O reflexo abstrato do vazio,

O calar das notas vibrantes

Quais compunham o estrugido.

Que outrora se ouvia em montes,

Ecoando por campos verdejantes,

Dando alento e abrigo aos sonhos.

Resta agora apenas o calar,

Dum copo vazio em minha frente,

Uma porta que se acha destrancada

E a certeza que ninguém vai entrar.

Rio de Janeiro, 21 de julho de 2010.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 22/07/2010
Código do texto: T2393366
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.