Emaranhado de palavras tristes...
 
... Noite sem-graça...! Tá faltando algo. A casa tá vazia. O perfume exalou... O barulho se aquietou. Um riso sucumbiu. As palavras titubearam qualquer comentário que sequer ouvi. Mas, pra quer se eu nem sei o que aconteceu?
 
Eu sei que ocupas espaços longe de mim, longe da minha percepção, longe dos meus sentidos. Mas, que sentido há de ter se não vives aqui?
 
Quando te reencontrei quis gritar, mas a voz morreu na garganta e eu deixei você se perder na multidão de rostos desconhecidos. De propósito deixei você ir embora... Estou só!

Hoje na tentativa de te anular vivo em sobressalto, amedrontando pelo elo firmado com a solidão. Quando as nossas peles se roçarão e as nossas almas no enlace perfeito se amarão? Quero que seja o mais antes... Pois, já não sei esperar. Eu peço, clamo, rogo, imploro fim a nossa diáspora.

 
Quero outra música. Acho que não era amor. Era um odor bom que me embriagou de dor.
 
... Que noite perversa!... Sem lua, sem estrelas. Sem nós dois. Confesso está exaurido pela incerteza de mais logo. Temeroso por essa felicidade de capa escura que rompe distâncias, garimpando outras bocas tripudiando do amor que te devotei um dia. O que eu faço?!
 
Noite de luzes apagadas... De olhar cabisbaixo, pernas trêmulas e peito oprimido. Noite das lágrimas que teimam em jorrar no mar da saudade restos de uma história. Noite do vento frio de inverno soprando-me qual uma folha morta que é arrastada sem consideração, sem comando nem destino pelas infames ruelas desta vida.

Não tardes o alvorecer...

 

Imagem - Fonte: Google

Toni DeSouza
Enviado por Toni DeSouza em 19/07/2010
Reeditado em 21/07/2010
Código do texto: T2388018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.