Rotinando

Acordo de manhã

Vou pro serviço

Preguiça tamanha

Antes do almoço.

Caminho pensando

Penso caminhando

Enquanto carrego

Meu resto cansado.

Minha face expressa

Aquilo que sinto

Minha calma sem pressa,

Não sei seu recinto.

Há tempos não sei,

Se dormi ou se sonhei

Se sorri ou se chorei

Se fui ou se fiquei.

A tarde chega

E minha vista cega

Já não enxerga

O que minha mão pega.

De tanto trampo

Sou agora um trapo

Nem trinta por cento

Já há algum tempo.

A noite vem

A brisa bate

Cachorro que late

Como ninguém.

Há tanto barulho

Que não me concentro

Minha cabeça é um entulho

Por fora e por dentro.

Chego em casa

Como ave sem asa

Querendo voar

Pra qualquer lugar.

Um pobre rapaz

Procurando a paz

Um caminho sem dor

E cheio de amor.

Irei deitar, vou dormir

Quero sonhar, e no sonho sorrir

Sem ter que lembrar

Que irei acordar.

Vinicius de Freitas Carneiro
Enviado por Vinicius de Freitas Carneiro em 09/07/2010
Reeditado em 28/09/2010
Código do texto: T2367966
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