Inverno na praia
Na beira da praia estou a caminhar
Despretensiosamente as ondas quebram em meu corpo.
Só ouço o barulho das gaivotas, sobrevoando os barcos dos pescadores ao longe
Vez ou outra abaixo e pego uma concha rósea
Me questiono de que são feitas mas, sem resposta, logo me distraio com
Os garotos jogando bola no campo improvisado sem delimitações
E com o vendedor de coco verde gelado
Que tem pouca freguesia nessa época do ano.
Há muito tempo não aspirava
O iodo proveniente do mar,
Este me remonta a dias tranqüilos e calorosos
Das férias de janeiro da qual
Eu só pensava no rapaz paulista que estava à minha espera.
Hoje posso demorar o tempo que for,
Pois não há ninguém que chame por mim.