ÚNICO CULPADO
 
    Mais uma triste aurora,
    com sabor de crepúsculo,
    no vazio de cada hora
    infectada pelo minúsculo
    e cruel vírus da solidão.
 
    É só mais um dia vazio,
    sem cor na minha vida.
    Vida onde impera o frio
    de uma ilusão desmedida
    dominando meu coração.
 
    Assim o tempo continua
    perene no ciclo normal
    e tu brilhas como a lua,
    sempre nesse alto astral,
    formosa e independente.
 
   
Tu não precisas conhecer
    esse meu outro lado
    que calado me faz sofrer,
    pois sou o único culpado
    desse amor inconsequente.
 
    Mais horas em que espero
    a razão dominar o coração,
    pois ainda o que mais quero,
    além de livrar-me da paixão
    é que sejas feliz eternamente.
 
                        SP – 01/07/10
Fernando Alberto Couto
Enviado por Fernando Alberto Couto em 01/07/2010
Reeditado em 01/07/2010
Código do texto: T2351690
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.