VULTO FERIDO (TRILOGIA DO BAR)

 

É ali que me sinto feliz

Entre um drink e outro

Nasce minha poesia

Esqueço a amargura do dia

 

É ali que me encontro

Que me desencontro

Que deixo garrafas partidas

Que vivo minha vida sem vida

 

Sou apenas um vulto no bar

Um vulto que não serve para ninguém amar

Um vulto que só sabe chorar

 

Sou um vento que passou na mesa do bar

Um vento que não toca nem a flor

Um vento que nasceu sem cor

 

Sou um vento ferido

Um vento ferido que não sabe amar

Que não sabe soprar

Na direção do mar