Em meu exílio

Mesmo que vista rubro

Que não escute, o canto

Trazido atado no peito

E viva afundo

Na luz de prata,

Desse luar!

Talvez nos fortifique

O som alegre,

Esse teu sangue

Puro vinagre

Que é tão amargo

De se provar!

O que você escuta

Provém de gritos

Que brado ausente

Em noite infinda

Transmutando-nos

Para além do mar.

É o que vive forte

Em meu exílio,

É o sentimento

Mais que casquilho

Trazendo o sol,

Para me acordar.

Rio de Janeiro, 23 de junho de 2010.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 27/06/2010
Código do texto: T2345204
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