Por dentro de mim

Paredes me cercam,

Negam-me o mundo

Limitam a erupção

Do pensar profundo

Em meu orbe taciturno,

Estático e frio...

Por grilhões presos n’alma

O adejar oscila silente.

Austero limite da emoção,

Alcova a conter o cantar,

Atalha meu ser a esta dança.

Qual marcada por meu imo está,

Pela única fenda avisto

Um pássaro se recusa a voar.

Aos berros declaro comigo,

- Veja! Lá fora a vida cansa!

Rio de Janeiro, 24 de junho de 2010.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 25/06/2010
Código do texto: T2340688
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