Inverso
Uma solidão
que se debate pelas paredes;
parada na porta, a mágoa;
viva e fria.
Um amor em pedaços,
se arrasta mutilado,
pelos cantos do quarto.
Ao silêncio,
taças brindam vazias;
por todos os lugares
e pelo que restou de tudo.
O meu poema mudo,
se alegra na tua lembrança.
Os dias bons, um mundo;
ilusões mixtas, esperanças;
ainda que vãs.
De um lado para o outro,
meu olhar abatido;
sem o amor que eu não tinha;
Meu corpo sem forças, maltrapilho,
escreve feio,
feito um estômago murcho,
as estrófes desses versos;
Amor, amigo, inverso.
(Edmilson Cunha)
(10/09/2009)