Inverso

Uma solidão

que se debate pelas paredes;

parada na porta, a mágoa;

viva e fria.

Um amor em pedaços,

se arrasta mutilado,

pelos cantos do quarto.

Ao silêncio,

taças brindam vazias;

por todos os lugares

e pelo que restou de tudo.

O meu poema mudo,

se alegra na tua lembrança.

Os dias bons, um mundo;

ilusões mixtas, esperanças;

ainda que vãs.

De um lado para o outro,

meu olhar abatido;

sem o amor que eu não tinha;

Meu corpo sem forças, maltrapilho,

escreve feio,

feito um estômago murcho,

as estrófes desses versos;

Amor, amigo, inverso.

(Edmilson Cunha)

(10/09/2009)

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 23/06/2010
Código do texto: T2336508
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