Silêncio das horas
É na solidão de minhas horas que me encontro com você.
No silêncio de minhas ausências, tua presença me preenche, me completa.
Entre o fim absoluto, abstrata solidão inerente às pessoas e lugares
E o início incompleto de uma existência nula me encontro, te encontro, nos perdemos.
Mais que início e fim , somos os meios exauridos,
Somos os medos das paixões desesperadas , incompreendidas .
O amor dilacerante de veias estuporadas,
Os sentimentos coronários, a ferida que não sara,
Somos a noite escura a espera de um amanhecer que nunca virá.
Não importa quantas noites acordados passemos a observar a lua,
Ela sempre retornará a seus pares,
Feito nós a nossos medos, nossos traumas.
Por que assim fomos gerados .
Somos o medo do meio e a coragem do fim
Existências neutras ,quando a noite finda, e o sol se levanta radiante.