Silêncio das horas

É na solidão de minhas horas que me encontro com você.

No silêncio de minhas ausências, tua presença me preenche, me completa.

Entre o fim absoluto, abstrata solidão inerente às pessoas e lugares

E o início incompleto de uma existência nula me encontro, te encontro, nos perdemos.

Mais que início e fim , somos os meios exauridos,

Somos os medos das paixões desesperadas , incompreendidas .

O amor dilacerante de veias estuporadas,

Os sentimentos coronários, a ferida que não sara,

Somos a noite escura a espera de um amanhecer que nunca virá.

Não importa quantas noites acordados passemos a observar a lua,

Ela sempre retornará a seus pares,

Feito nós a nossos medos, nossos traumas.

Por que assim fomos gerados .

Somos o medo do meio e a coragem do fim

Existências neutras ,quando a noite finda, e o sol se levanta radiante.

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 21/06/2010
Código do texto: T2333753
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