O encanto das rosas vermelhas

O encanto das rosas vermelhas

Ontem a noite eu chorei por minhas tristezas,

Chorei por não me encontrar dentro da natureza.

Me senti morto, vazio como um sepulcro caiado.

Senti que nem você estava mais do meu lado.

Chorei lagrimas que caíram na escuridão do meu quarto,

Que regaram o chão frio e formaram pequenas poças.

Lágrimas que afirmavam a pureza do meu coração,

Que declaravam em frases o que é a solidão.

Ontem a noite abri a janela para mirar o céu,

Porém o céu estava de bronze e não me deixou admirá-lo.

O vento frio tocou minha face e levou uma lágrima minha,

E caindo ao chão minha lágrima se espalhou no jardim.

Rosas murchas já não encantavam mais a minha visão,

Lágrima pequena o bastante para dar início a renovação.

Neste mesmo instante as rosas começam a respirar,

Trazendo vida ao falecer, trazendo ar ao ar.

Ontem a noite a vida e o ar criaram uma nova vida,

As rosas do jardim emanavam sobre mim um encanto.

E já não sentia mais a solidão fazer parte do meu ser,

Então aquilo tornou-se o mais significante para meu viver.

E todas as noites tenho vivido o encanto das rosas vermelhas,

Que exalam dentro do meu quarto uma magia sem fim.

Agora eu sinto que estou nascendo no meio da natureza,

Nascendo como uma rosa, trago em mim magia e pureza.

Victor Cartier

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 21/06/2010
Código do texto: T2333008
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