E quando ela chorar, ninguém mais vai saber
Era uma vez um amor, que como todos os amores
Parecia ser o ar que a mantinha vivendo.
E era uma vez um pulsar,
Que se consumia no som da tua voz
E que rasgava seu peito
Quando aqueles olhos te encontravam.
Havia também o silêncio,
Que nascia nos seus olhos tristes
E reluzia no meio da noite
Acendendo aquela solidão mortal.
No seu olhar se via uma dor,
Que ninguém era capaz de entender
E ela morria no silêncio
Levando a vida com mínimos pedaços
Daquilo que chamam coração.
Ela daria cada uma das suas lágrimas
Cada golfada de ar que respira
E cada um daqueles sorrisos falsos
Para que pelo menos por um dia
Surgisse alguém no seu caminho,
Alguém que olhasse dentro dos seus olhos afogados
E visse mais do que eles representam
Alguém que desse á ela um abraço sincero
Que fizesse congelar o tempo nos seus braços
E fazer sumir esses dias solitários que nao terminam.
Alguém que entendesse de verdade
O que existe dentro do seu coração
Sem que nenhuma palavra fosse dita.
O inesquecer está matando o sentimento
A distância está apagando o brilho que havia nos olhos
E a tua ausência de palavras queima como um fogo vivo
Dentro daquele peito que não quer mais viver.