MAR DE ROSAS

 

Tem apenas um mar à sua frente

Um mar na noite logo ali quando termina os passos na areia

Logo depois da ponta dos ventos

Que balançam os cabelos louros

 

Tem apenas um mar na noite

Depois de despir o vestido preto

De despir o corpo nu de tanta espera

Depois que a noite abandona o leito

 

Depois que a solidão se aquece na brisa

Para invadir a alma despida

Quase sem vida

 

Tem apenas uma solidão no mar de vestido preto

Um olhar de leve que ficou sem jeito

Tem apenas um mar que morreu na noite e não houve outro jeito

Abaixo poesia de minha amiga Sylvia Araujo, inspirada em MAR DE ROSAS
Muito obrigado Sylvia pelo carinho de sempre em meu blog

E o mar,

Vestido de preto,

Cravejado de noite,

É corpo despido

-Lançado na areia.

Na brisa,

Quase sem vida,

Vive.

Do cheiro das rosas,

Do leito nu

Invadido de amor.